Sites de ONGs chinesas sofrem ataque de hackers

Pequim, 25 jan (EFE).- Sites de grupos de direitos humanos e ativistas chineses foram vítimas de um novo ataque por parte de hackers de origem desconhecida nos últimos dias, informou hoje uma das entidades atacadas, a ONG Chinese Human Rights Defenders (CHRD).

Os outros sites são os do grupo pela liberdade de expressão Independent Chinese PEN (ICPC), New Century News, Canyu e Civil Rights and Livelihood Watch (CRLW), que foram atacados no fim de semana passado.

Os ataques contra o site da CHRD, que começaram na tarde de sábado e terminaram ontem de manhã, chegaram a paralisar o serviço, que ficou sem acesso, informou a ONG em comunicado.

Segundo o provedor dessa organização, que defende dissidentes políticos, a frequência do ataque foi de 2 GB por segundo, o ataque mais intenso já sofrido por um provedor. A organização ainda não pôde localizar a fonte do ataque.

Tanto esta ONG como a CRLW são sediadas na China, enquanto a ICPC é uma organização de escritores e a New Century News e a Canyu são sites de notícias, todos administrados por ativistas chineses.

Um especialista em telecomunicações associado ao CHRD acredita que "é preciso dedicar muito tempo para preparar um ataque assim" e por isso não acha que "qualquer hacker tenha este tipo de capacidade. O principal suspeito destes ataques é o Governo chinês".

Esse é o mais recente episódio na disputa entre usuários e empresas de internet desde 12 de janeiro passado quando o gigante de buscas Google denunciou que contas de e-mail particulares de ativistas, jornalistas e empresários tinham sofrido um "ciberataque".

O Google ameaçou deixar a China se o regime comunista não acabasse com a estrita censura na internet, embora na semana passada a empresa afirmou que permaneceria no país asiático e que estava negociando com as autoridades.

A CHRD indica em seu comunicado de hoje que seu site é alvo comum desses "ciberataques". Segundo o comunicado, isso ocorre sobretudo em épocas "delicadas", como a atual, na qual os ativistas estão recebendo duras penas de prisão, como o intelectual Liu Xiaobo, ou desapareceram, como o advogado Gao Zhisheng.

Os especialistas afirmam que este passo para trás do regime chinês se deve à insegurança do Governo perante a próxima transferência de poder, que acontecerá em 2012, e a um aumento do descontentamento social.

No entanto, na semana passada, um porta-voz do Ministério de Exteriores chinês negou que seu Governo tivesse relação com esses "ciberataques" e assegurou que as leis chinesas proíbem a pirataria na internet. EFE

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