Atualização do LastPass corrige falha grave em extensão do Firefox
O software de gerenciamento de senhas LastPass recebeu uma atualização para corrigir uma vulnerabilidade identificada pelo pesquisador em segurança do Google Tavis Ormandy. O problema estava localizado na extensão do LastPass para o navegador Firefox e permitia que sites da web enviassem comandos para o software, comprometendo completamente a segurança.
O LastPass é um programa de gerenciamento de senhas. O objetivo desse tipo de programa é facilitar o uso de um grande número de senhas diferentes para evitar a reutilização e o esquecimento de senhas. A brecha pode ser explorada caso a vítima visite um site controlado por um atacante usando a versão vulnerável do programa.
Ormandy detectou a falha trabalhando para o "Projeto Zero", uma iniciativa em que o Google remunera pesquisadores para encontrar falhas em qualquer software popular. Ormandy recebeu da LastPass um prêmio pela descoberta do problema, mas pediu que o valor fosse doado à Anistia Internacional.
Pelas regras do Projeto Zero, os desenvolvedores dos programas têm um prazo de 90 dias para corrigir as falhas. A LastPass começou a distribuir uma atualização na quinta-feira (28), um dia após ter sido contatada por Ormandy com os detalhes do problema.
Ormandy tem descoberto falhas em diversos programas de segurança, inclusive programas antivírus de diversos fabricantes, como Symantec, AVG, Avast, Trend Micro, Sophos, Eset, Kaspersky, Malwarebytes e Comodo. Após revelar as falhas no LastPass, Ormandy recebeu no Twitter diversos pedidos para investigar um programa parecido, o 1Password. O pesquisador disse que vai verificar.
Falha corrigida há um ano é revelada
O pesquisador de segurança Mathias Karlsson revelou na quarta-feira (27) outra brecha no LastPass que já estava corrigida há um ano e que era até então desconhecida. O problema, diferente da vulnerabilidade descoberta por Ormandy, afetava a extensão para o Google Chrome.
O pesquisador de segurança Mathias Karlsson revelou na quarta-feira (27) outra brecha no LastPass que já estava corrigida há um ano e que era até então desconhecida. O problema, diferente da vulnerabilidade descoberta por Ormandy, afetava a extensão para o Google Chrome.
O problema estava na maneira que a extensão detectava o "site atual". Aproveitando-se disso, um site controlado por um hacker poderia se passar por qualquer outro site da web e convencer a extensão do LastPass a preencher a senha do site em questão. Com isso, era possível extrair senhas de serviços específicos.
O LastPass ainda não tinha um programa formalizado para recompensar pesquisadores na época. Karlsson recebeu US$ 1 mil (R$ 3,3 mil, em valores atuais) pela colaboração.