Falha de segurança deixa 900 milhões de dispositivos Android vulneráveis
Investigadores da empresa Check Point descobriram uma falha de segurança no Android que afeta cerca de 900 milhões de dispositivos equipados com o sistema operativo da Google. A Check Point lançou um aplicativo gratuito chamado QuadRooter Scanner na Google Play que permite que os usuários verifiquem se os seus dispositivos são afetados por qualquer uma das quatro falhas. A falha foi descoberta por uma empresa norte-americana de segurança informática.

Tudo é copiado pelos hackers - disse Shaulov. Fabricante de chips já liberou patches para vulnerabilidades, mas demora do Google em agir e fragmentação do sistema deixam usuários expostos. A Qualcomm é a maior produtora mundial de chips para dispositivos móveis, com participação de 65% do mercado global de chips 4G, segundo a consultoria ABI Research. Sabe-se que dispositivos Nexus 5X, Nexus 6 e Nexus 6P são afetados pela vulnerabilidade, bem como os modelos Galaxy S7 e S7 Edge da Samsung. Em entrevista ao "Financial Times", Alex Gantman, vice-presidente de Engenharia da Qualcomm, informou que a vulnerabilidade já foi consertada. Uma atualização de segurança será lançada em setembro para resolver o problema, de acordo com porta-voz do Google. A brecha de segurança permite que um utilizador mal intencionado engane os utilizadores ao instalar aplicações maliciosas que não necessitam de autorização especial. "Nossos aplicativos verificados e proteções SafetyNet ajudam a identificar, bloquear e remover aplicações que exploram essas vulnerabilidades". As vulnerabilidades foram apelidades de QuadRooter porque, caso exploradas, fornecem aos criminosos privilégios de raiz (root) - os mais altos disponíveis em um sistema baseado em Linux como o Android. Ainda não há nenhuma evidência de que as vulnerabilidades possam ser utilizadas para ataques cibernéticos, mas Michael Shaulov, chefe de gestão de produtos de mobilidade da Check Point, afirmou que "essas vulnerabilidades serão usadas nos próximos três a quatro meses".