Hacker publica dados de 193 políticos do Partido Democrata nos EUA

Um hacker publicou em seu site os dados pessoais de um total de 193 políticos do Partido Democrata dos Estados Unidos que supostamente foram roubados em um ataque cibernético contra o Comitê de Campanha Democrata do Congresso, informou neste sábado (13) a imprensa americana.
'Estou orgulhosa de apoiá-la para esse posto', disse Nancy Pelosi (Foto: J. Scott Applewhite/AP)
O hacker, que se identifica como Guccifer 2.0 e que garante ter agido sozinho, revelou os números de telefone e e-mails da congressista Nancy Pelosi, líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, entre outros políticos do partido.
A lista de atingidos pelo ataque também inclui vários congressistas do Capitólio que são membros dos comitês de Inteligência, de Serviços Armados e de Relações Exteriores, e o roubo de seus dados pode ter implicações para a segurança nacional.
"Trata-se de informação sensível que pode ser utilizada de maneira muito perigosa por um governo estrangeiro", disse ao jornal "The Wall Street Journal" o congressista do estado de Maryland, Steny Hoyer, que foi uma das vítimas do ciberataque.
Outra vítima, o congressista Adam Schiff, disse em comunicado que acredita que os responsáveis serão identificados, que a Casa Branca revelará "quem está tentando interferir no processo eleitoral" e que os mesmos enfrentarão consequências "severas".
As primeiras informações sobre o ciberataque contra o Comitê de Campanha Democrata do Congresso foram veiculadas no final de julho e fontes do serviço de inteligência dos EUA advertiram que os hackers tinham apoio do governo russo.
O hacker Guccifer 2.0 publicou na noite da sexta-feira uma mensagem em seu perfil no Twitter em que afirmou que compartilhará com o site Wikileaks, o portal criado pelo ativista australiano Julian Assange, todas as informações roubadas no ataque, e que não revelará seu paradeiro "por motivos de segurança".
A chefe de imprensa do Comitê de Campanha Democrata do Congresso, Meredith Kelly, disse hoje em comunicado que a organização foi alvo de um "incidente de segurança cibernética" e que seu pessoal está cooperando com as autoridades federais para investigar o ocorrido.
Em junho deste ano, hackers supostamente ligados ao governo russo atacaram a rede do Comitê Nacional Democrata em uma operação de espionagem na qual tiveram acesso a seus dados sobre o candidato republicano Donald Trump.
Semanas mais tarde, a campanha da candidata democrata Hillary Clinton admitiu que os hackers também tiveram acesso a seu sistema, mas esclareceu que os técnicos que trabalham para ela "não encontraram provas" de que o sistema "estivesse comprometido".
A administração do presidente dos EUA, Barack Obama, fez da segurança cibernética uma de suas prioridades e, nos últimos meses, os processos judiciais contra hackers estabelecidos em países como China, Rússia e Irã se multiplicaram.

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